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Deusa mãe

Normalmente identificadas como figuras feitas em argila com quadris largos e seios grandes, essas representações são encontradas em várias regiões da Mesopotâmia sendo consideradas umas das primeiras possíveis manifestações divinas. De acordo com as fontes históricas, como por exemplo os mitos de criação como o Atra-hasis e Enki e Ninmah, o papel de deusa mãe poderia ser desenvolvido por qualquer deusa (BLACK;GREEN, 2004). Entretanto, “geralmente a maternidade da maioria dos deuses primitivos era atribuída a uma deusa em particular que, no Segundo Milênio AEC, aparece sob uma variedade de nomes intercambiáveis, alguns dos quais são realmente títulos, mas que podem ter sido na origem várias divindades diferentes.” (idem., p. 132). A lista de deusas conhecidas consideradas deusas mães é: Aruru, Belet-ilî, Damgalnuna, Dingirmah, Mami/Mama, Ninhursaga, Ninmah, Ninmenna, Nintu (LEICK, 1991; BLACK;GREEN, 2004). A deusa mãe ainda pode agir como parteira.

 

No entanto, essas deusas foram desaparecendo com o tempo e sendo, possívelmente, substituídas por deidades masculinas. Leick (1991), diz que tal situação pode ser identificada por meio das listas de deuses, “onde a deusa-mãe costumava ser listada no terceiro ou quarto lugar atrás de An, Enlil (e Enki), mas nunca vem em primeiro lugar (idem., p. 121)”. A autora ainda lembra que na grande lista dos deuses as características de todas as deusas mães aparecem quase todas fundidas em uma só “e na época do período Isin-Larsa ela quase desapareceu das listas.” (idem., p. 121)

Fontes: BLACK, Jeremy; GREEN, Anthony. Gods, Demons and Symbols of Ancient Mesopotamia An Illustrated Dictionary. Londres: The British Museum, 2004.

 

LEICK, Gwendolyn. A Dictionary Of Ancient Near Eastern Mythology. Londres/Nova York: Routledge, 1991.

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