

Nammu
Nammu aparece em algumas tradições como aquela que deu a luz a An (céu) e Ki (terra) e outros deuses. Mas é Enki quem é reconhecido como seu filho de forma mais popular. Por carregar esses nascimentos, “na mitologia, Nammu aparece como a mais antiga Deusa Mãe” (LEICK, p. 124, 1991) e tal característica aparece no mito de Enki e Ninmah. Na cidade de Eridu, Enki era chamado de “filho de Nammu”, o que poderia significar um culto anterior à Nammu. No período Neo-sumério, a popularidade da deusa foi decaindo. Entretanto, na cidade de Ur ainda eram construídas estátuas em sua homenagem e seu nome se encontra no nome do rei Urnammu (LEICK, 1991). A escrita do seu nome é feita com o símbolo engur, também utilizado para escrever Apsu (água doce, referência às águas do terreno ao Sul da Mesopotâmia). “Nos tempos antigos, ela [Nammu] personificou o Apsu como a fonte de água e, portanto, da fertilidade na baixa Mesopotâmia.” (Leick, p. 124, 1991). Outro fato sobre Nammu é que a ideia da criação dos seres humanos parte dela, conforme o já citado mito de Enki e Ninmah.
Fontes: LEICK, Gwendolyn. A Dictionary Of Ancient Near Eastern Mythology. Londres/Nova York: Routledge, 1991.