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Ninlil

Ninlil, amplamente conhecida como companheira do deus Enlil e mãe do deus lunar Nanna/Sin na mitologia mesopotâmica. Os dois principais textos que narram as aventuras do casal são “Enlil e Ninil” e “Enlil e Sud”. No primeiro, a jovem Ninlil é avisada por sua mãe para não se banhar nas águas sagradas do rio e tomar cuidado. Contudo, Ninlil vai ao rio e enquanto caminha pelas margens, a deusa é encontrada por Enlil que confessa seu desejo por ela. Ninlil nega a proposta de beijo e sexo. Contudo, o deus a toma mesmo assim e implanta em seu útero a semente de Suen-Asimbabbar. A narrativa pode ser interpretada como uma relação não consensual e lida como estupro. Após o ato, “(54-64) Enquanto Enlil andava em Ki-ur, os cinquenta grandes deuses e os sete deuses que decidem os destinos, mandaram Enlil preso em Ki-ur.” (BLACK et al, p. 104, 2006) Enlil sai da cidade e Ninlil o segue e se tornam um casal. 

 

A segunda narrativa, “Enlil e Sud”, por outro lado, narra o casamento entre Enlil e a deusa Sud, que depois é batizada como Ninlil. “A mãe de Sud era Ninšebargunu, a deusa de Ereš, uma antiga divindade agrícola e seu pai era Haia, deus das reservas. Ninlil é explicitamente identificado com a deusa dos grãos Asnan, bem como Nintu, a deusa do nascimento” (LEICK, p. 133, 1991)

 

Na Assíria, Ninlil é chamada de Mullissu (Mullitu) e é esposa de Aššur. 

Fontes: BLACK, Jeremy; CUNNINGHAM, Graham; ROBSON, Eleanor; ZÓLYOMI, Gábor. The Literature of Ancient Sumer. Oxford: Oxford University Press, 2006.

LEICK, Gwendolyn. A Dictionary Of Ancient Near Eastern Mythology. Londres/Nova York: Routledge, 1991.

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