

Gula/Nintinugga
Barbara Böck em seu livro The Healing Goddess Gula: A Portrait - Towards an Understanding of Ancient Babylonian Medicine (2014), diz que as primeiras fontes que constam o nome da deusa Gula são da cidade de Fara e Abu Salabikh datando dos primeiros anos do Período Dinástico (2600-2450BC). Gula é a patrona dos médicos justamente por suas características de “entender doenças”. A deusa é lembrada também como esposa de Ninurta ou Pabilsag ou ainda de Abu - deus menor da vegetação - e mãe de Damu, deus da cura, e Ninazu, também associado com a cura. Sua imagem está normalmente associada à figura do cachorro, seus adoradores costumavam deixar miniaturas em formato do animal nos seus tempos (BLACK;GREEN, 2004). A personalidade de Gula e outras deusas ligadas à saúde foi misturada pois, além do nome de origem, a deusa também foi adorada sob os nomes de Nintinuga, Ninkarak, e Baba. Na literatura da metade do Segundo Milênio até o Primeiro Milênio, principalmente, Gula aparece com diversos nomes (BÖCK, 2014). Por exemplo, em um hino cujo autor se chama Bullussa-rabi (1400-700 AEC) e uma reza ou encantamento bilíngue da Antiga Mesopotâmia dedicada à Ninisina. Gula aparece ainda como parteira e com o dom de tornar as mulheres férteis em alguns escritos (idem).
Fontes: BLACK, Jeremy; GREEN, Anthony. Gods, Demons and Symbols of Ancient Mesopotamia An Illustrated Dictionary. Londres: The British Museum, 2004.
BÖCK, Barbara. The Healing Goddess Gula: A Portrait - Towards an Understanding of Ancient Babylonian Medicine. Leiden: Brill Academic Publishers, 2014.