top of page

Inanna/Ištar

Inanna, como é referida na suméria e Ištar, como é conhecida em acádico, nasce do sincretismo religioso que une 3 características de divindades já existentes: “uma guerreira e quase viril, de origem semita, Ištar; outra, suméria, feminina e padroeira do amor livre e do sexo, Inanna; uma terceira, identificada ao planeta Vênus (Dilbat), estrela da manhã e do entardecer” (POZZER, 2018, p. 5). Parte de uma família poderosa no panteão mesopotâmico, Inanna/Ištar é filha do Deus-Lua, Sîn, irmã de Ereškigal e de Šamaš, Deus-Sol. A deusa também aparece como filha de An e ligada à cidade de Uruk. (BLACK;GREEN, 2004).

Ainda em relação ao sincretismo, Black e Green dizem que “Parece provável que, com a persona da deusa clássica Inanna / Ištar, várias deusas locais originalmente independentes foram sincretizadas. A mais importante delas era certamente a Inanna de Uruk, onde seu principal santuário E-ana ('Casa do Céu') estava localizado. Mas outras formas locais da deusa foram reconhecidas e receberam cultos independentes: Inanna de Zabala (no norte da Babilônia), Inanna de Agade (especialmente homenageada pelos reis da dinastia de Agade), Inanna de Kiš; e, na Assíria, Ištar de Nínive e Ištar de Arba'il. Inanna também estava intimamente associada à deusa Nanaya, com quem era adorada em Uruk e Kiš.” (idem, p. 108).

Inanna/Ištar era uma das divindades mais importantes da Mesopotâmia e suas características envolvendo sexo, guerra, amor e outros assuntos demonstram sua extrema complexidade enquanto uma figura feminina. 

 

Fontes: BLACK, Jeremy; CUNNINGHAM, Graham; ROBSON, Eleanor; ZÓLYOMI, Gábor. The Literature of Ancient Sumer. Oxford: Oxford University Press, 2006.

DUPLA, Simone. Construções do Imaginário Religioso no Culto a Inanna na Antiga Mesopotâmia: Símbolos e Metáforas de Uma Deusa Multifacetada (3200-1600 a.C) (Dissertação de mestrado), Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2016.

POZZER, Katia Maria Paim. Arte, Sexo e Religião: a deusa Ištar na Mesopotâmia. Das Questões, janeiro/julho, v. 5, n. 5, 2018.

bottom of page