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Nisaba

Nisaba foi descrita, cultuada e lembrada em inúmeros escritos, tanto mitológicos quanto rezas e na área de educação. Possuía templos em diversas cidades.

Padroeira da cidade de Ereš durante o período de Isin-Larsa, Nisaba parece, pela escrita do seu nome estar associada com uma espiga de milho, ter uma origem ligada aos grãos. Entretanto, ficou conhecida como a  Deusa da Escrita ou, mais especificamente, de acordo com Jeremy Black et al (2006), “a deusa da escrita e, portanto, da literatura e da burocracia essenciais para uma administração agrícola bem-sucedida” (idem, p. 3). Seus parentescos com outros deuses costumam mudar dependendo da região e do tempo: Nisaba, conforme registros mais antigos, era filha de An e Uraš. Entretanto, em Lagaš, era cultuada como filha de Enlil. Por outro lado, no texto “Enlil e Sud”, Enlil é mãe de Sud.

Em “Enki e a Ordem Mundial”, aparecem as funções de Nisaba: “(412-17) deve demarcar limites e marcar fronteiras. Ela deve ser a escriba da Terra. O planejamento dos deuses” (idem, p.224). No texto de aconselhamento de um professor a um aluno chamado “A supervisor’s advice to a young scribe”, a deusa escriba é evocada para abençoar o jovem, “(60- 72) Nisaba colocou em suas mãos a honra de ser professor. Para ela, o destino que lhe foi determinado será mudado e você será generosamente abençoado.” (idem, p. 280).

Fontes: BLACK, Jeremy; CUNNINGHAM, Graham; ROBSON, Eleanor; ZÓLYOMI, Gábor. The Literature of Ancient Sumer. Oxford: Oxford University Press, 2006.

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