

Ninšubura
Ninšubura aparece no mito da descida de Inanna ao Submundo. A deusa, que é ministra de Inanna, recebe instruções sobre o que fazer caso esta não retorne após a descida:
“Venha minha fiel ministra de E-ana,
meu ministro que fala palavras bonitas, minha escolta que fala palavras confiáveis [...]
Como um pobre, vista-se com uma única roupa e coloque os pés sozinha no E-kur, a casa de Enlil [...]
Quando você tiver entrado no E-kur, a casa de Enlil, lamente antes
Enlil: "Pai Enlil, não deixe ninguém matar sua filha no Submundo. Não deixe seu metal precioso se fundir com a sujeira do submundo [...] Não deixe a jovem Inana ser morta no submundo.” (BLACK et al, 2006, p. 67).
E ordenada que a ministra siga buscando ajuda em Nanna e Enki até as preces serem atendidas.
De acordo com Leick (1991) a figura de Ninšubura variou, com o tempo e espaço, como uma mulher ou um homem, “No tempo da Antiga Suméria, ele era conhecido como a divindade tutelar de Uruinimgina de Lagash” (idem, p. 134). Ninšubura, enquanto mulher, possuía um templo em Akkil.
Fontes: BLACK, Jeremy; CUNNINGHAM, Graham; ROBSON, Eleanor; ZÓLYOMI, Gábor. The Literature of Ancient Sumer. Oxford: Oxford University Press, 2006.
LEICK, Gwendolyn. A Dictionary Of Ancient Near Eastern Mythology. Londres/Nova York: Routledge, 1991.